Era uma quinta-feira. Uma quinta-feira normal demais, estranha demais. O sol não estava muito alto e o vento carregava as folhas das árvores, ventava muito.
Entrei pela portaria e segui direto, o porteiro já me vira o suficiente para decorar a minha expressão e lembrar que falar comigo não gerava um resultado muito amigável.
Apertei o botão para chamar o elevador e ajeitei minha saia enquanto esperava, as portas se abriram, entrei, apertei o sexto andar e encostei-me ao canto e fechei os olhos, elevadores sempre me deram um pouco de angústia.
O elevador parou no sexto andar, e as portas se abriram junto com meus olhos. Um rapaz alto, que usava um terno preto, esperava do lado de fora. Ele olhou pra mim com certa surpresa e sorriu, abrindo passagem para que eu pudesse sair. Não me movi.
— Não vai sair daí?
Meus lábios formaram um leve sorriso.
— Não, e você vai entrar?
— Vou, tenho que descer.
— Eu também.
Ele entrou no elevador e apertou o botão que indicava a garagem, encostou-se à parede ao meu lado e ficou me olhando.
— Hoje é meu aniversário.
Eu olhei pra ele séria.
— Quantos anos?
— Vinte e três.
Puxei-o pela gravata e o beijei, ele não tentou se afastar, e nos beijamos como se fizéssemos aquilo sempre, ou como se estivéssemos apaixonados. Deliciosamente apaixonados.
O elevador parou com aquele costumeiro bip. Estávamos na garagem, ele iria embora, e eu iria subir novamente para o sexto andar. Sozinha.
— Parabéns, isso foi o seu presente de aniversário...
Ele não disse nada, me deu um beijo rápido de despedida e saiu rumo ao seu carro. Apertei o sexto andar, peguei uma bala de gengibre na bolsa e subi novamente de olhos fechados.
Saí do elevador, abri a porta do 602 e entrei. A sala estava arrumada e sem ninguém como sempre, cheirava a jasmim. Eu odiava aquele cheiro, sempre fazia meu nariz coçar.
— Amor, você está aí?
Falei ligeiramente mais alto, e ele apareceu no final do corredor.
— Você está atrasada.
— Vi o teu irmão lá embaixo, saindo do elevador...
— E enrolou conversando com ele?
Ele falou com um leve tom de irritação que sempre me assustava.
— Não, ele só me falou que hoje era aniversário dele...
— Mentira, o aniversário daquele infeliz já passou.
Achei melhor não falar mais nada, larguei-me no sofá e fiquei ali olhando o tempo passar, mas ele parecia estar parado.
Entrei pela portaria e segui direto, o porteiro já me vira o suficiente para decorar a minha expressão e lembrar que falar comigo não gerava um resultado muito amigável.
Apertei o botão para chamar o elevador e ajeitei minha saia enquanto esperava, as portas se abriram, entrei, apertei o sexto andar e encostei-me ao canto e fechei os olhos, elevadores sempre me deram um pouco de angústia.
O elevador parou no sexto andar, e as portas se abriram junto com meus olhos. Um rapaz alto, que usava um terno preto, esperava do lado de fora. Ele olhou pra mim com certa surpresa e sorriu, abrindo passagem para que eu pudesse sair. Não me movi.
— Não vai sair daí?
Meus lábios formaram um leve sorriso.
— Não, e você vai entrar?
— Vou, tenho que descer.
— Eu também.
Ele entrou no elevador e apertou o botão que indicava a garagem, encostou-se à parede ao meu lado e ficou me olhando.
— Hoje é meu aniversário.
Eu olhei pra ele séria.
— Quantos anos?
— Vinte e três.
Puxei-o pela gravata e o beijei, ele não tentou se afastar, e nos beijamos como se fizéssemos aquilo sempre, ou como se estivéssemos apaixonados. Deliciosamente apaixonados.
O elevador parou com aquele costumeiro bip. Estávamos na garagem, ele iria embora, e eu iria subir novamente para o sexto andar. Sozinha.
— Parabéns, isso foi o seu presente de aniversário...
Ele não disse nada, me deu um beijo rápido de despedida e saiu rumo ao seu carro. Apertei o sexto andar, peguei uma bala de gengibre na bolsa e subi novamente de olhos fechados.
Saí do elevador, abri a porta do 602 e entrei. A sala estava arrumada e sem ninguém como sempre, cheirava a jasmim. Eu odiava aquele cheiro, sempre fazia meu nariz coçar.
— Amor, você está aí?
Falei ligeiramente mais alto, e ele apareceu no final do corredor.
— Você está atrasada.
— Vi o teu irmão lá embaixo, saindo do elevador...
— E enrolou conversando com ele?
Ele falou com um leve tom de irritação que sempre me assustava.
— Não, ele só me falou que hoje era aniversário dele...
— Mentira, o aniversário daquele infeliz já passou.
Achei melhor não falar mais nada, larguei-me no sofá e fiquei ali olhando o tempo passar, mas ele parecia estar parado.
Um comentário:
Mas que coisa não?
rs...
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