Hoje, eu chorei aquelas lágrimas que roubei de você, no tênue fio da navalha que enxugou seu rosto delineado de uma boneca, misturadas ao sangue que lhe tirei à força.
Lembrei, então, do seu desejo de que eu brincasse com você.
Depois de te beijar.
Depois de te lamber.
Depois de te bater.
E depois de te usar, para manter minha existência infame.
Senti o seu desespero correndo pelas minhas veias, ao perceber como fui capaz de desacreditar o seu sonho infantil.
A sua angústia passou pelos meus olhos, no momento em que lhe traí.
E meu coração parou, no momento em que seu sangue envenenou o meu, quando lambi as suas lágrimas, que percorriam o meu rosto.
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