segunda-feira, dezembro 14, 2009

Com as unhas arranquei teus olhos.

Espelhos são fabulosos, não acha?
Acho que sempre sonhei com a possibilidade de atravessá-los e encontrar um mundo totalmente avesso ao que vivemos, onde cada mudança fosse inevitavelmente visível aos nossos olhos.
Eu sempre acreditei na minha (sic) máxima "pessoas não mudam, nem mesmo se o coração parar de bater", e agora me pergunto em que momento dessa vidinha de merda ela deixou de se tornar tão palpável pra mim.
Eu não mudei?
Eu mudei?
Não faço a mínima ideia, queria apenas a possibilidade de olhar bem no espelho e poder não ver o que tenho visto nestes dias tão cinzas...
~
Mas eu ainda posso ver e provavelmente continuo a implorar-te.
Por favor, leva-me para longe de mim mesma?
Ah, tinha me esquecido, tu não podes ver. -.-

quarta-feira, outubro 14, 2009

O teu amor é uma mentira.


Eu acho que a cada dia que passa, a cada decepção vivida, ou mesmo a cada conquista, eu me torno uma pessoa um pouquinho mais séria, dura ou amarga. A minha desesperança nas pessoas aumenta mais e mais, e eu acho que essas perdas graduais são as mais difíceis de se recuperar. E talvez eu nunca tenha de volta cada pedacinho de esperança que perdi, fragmentado em sorrisos falsos e olhares dissimulados, previamente fingidos para enganar aqueles que acreditam fácil.
Eu ainda acredito facilmente, mas meu olhar tem estado vazio há um tempo considerável, e é o olhar de quem acredita sem acreditar, entende?
Tem dias que eu digo que não amo ninguém, amo somente à mim mesma.
E tem dias que eu acredito que isto é realmente verdade, e não apenas uma mentira sincera como eu prefiro pensar...


sábado, setembro 12, 2009

Inspiração súbita...


E te contaram que eu estava mal. Tão doente, que era penoso olhar para mim, tão doente que não se podia me ver sem querer gritar ou chorar. Mas você queria constatar com seus próprios olhos, o que te aterrorizou, pois minha doença, mesmo que não fosse física, era desesperadoramente real...

Minha enfermidade era como um grito colérico que não podia ser proferido. E eu estava tão possuída por esta raiva desolada, tão seduzida pelo som do inferno que tilintava em meus ouvidos, que não pude perceber que a minha dor, aquela imensa dor que me cegava e fazia querer gritar, era causada pelo punhal que você enterrou em meu peito, e ele estava sempre lá, independendo de você estar presente.

Mesmo assim, você quis me ver, você quis olhar dentro dos meus olhos e sentir o meu riso uma vez mais, mas tudo o que você encontrou foram olhos aterradoramente vazios e um riso irônico e zombeteiro que te irritava. Mas o que te enraiveceu mesmo, que te fez odiar-me, foi a constatação de que você não mais podia se enxergar dentro dos meus olhos, de que você não mais existia naquela vácuo que se tornara a minha alma.

Meu olhar não mais te refletia, meu olhar não mais refletia coisa alguma, por Deus, você se perguntava, onde estaria a minha alma? Mas o meu riso agudo te respondia claramente que ela não mais existia, não aquela alma que você amara, ela estava perdida para sempre, e o que vivia naquele corpo inerte era apenas uma sombra dos infinitos cacos em que ela se partira.

Eu me tornara um demônio que se lamuriava e sentia a dor de sua vida perdida, e você nada mais podia fazer para reparar o mal que causara. E eu apenas podia rir disso, com todo o prazer que me era possível sentir.


terça-feira, maio 05, 2009

Lástima

Por que diabos somos capazes de cometer certas sandices?
Eu tenho vontade de bater em mim mesma às vezes, porque é difícil de acreditar que eu pude/posso ser tão incoerente e irresponsável.
Ao ponto de machucar os outros, sendo que dói em mim também.
Não vou dizer que dói mais em mim, porque não sei...

"Eu sei é tudo sem sentido
Quero ter alguém
Com quem conversar
Alguém que depois
Não use o que eu disse
Contra mim..."

Alguém que não seja como eu. -.-

quarta-feira, abril 01, 2009

Agora?


EU QUERO GRITAR, PORRA.


Meds - Placebo

I was alone, Falling free,
Trying my best not to forget
What happened to us,
What happened to me,
What happened as I let it slip.

I was confused by the powers that be,
Forgetting names and faces.
Passersby were looking at me
As if they could erase it

Baby did you forget to take your meds?
Baby did you forget to take your meds?

I was alone,
Staring over the ledge,
Trying my best not to forget
All manner of joy
All manner of glee
And our one heroic pledge

How it mattered to us,
How it mattered to me,
And the consequences

I was confused,
By the birds and the bees
Forgetting if I meant it

Baby did you forget to take your meds?
Baby did you forget to take your meds?
Baby did you forget to take your meds?
Baby did you forget to take your meds?

And the Sex and the drugs and the complications
And the Sex and the drugs and the complications
And the Sex and the drugs and the complications
And the Sex and the drugs and the complications

Baby did you forget to take your meds?
Baby did you forget to take your meds?
Baby did you forget to take your meds?
Baby did you forget to take your meds?
Baby did you forget to take your meds?
Baby did you forget to take your meds?

I was alone,
Falling free,
Trying my best not to forget
because the wrong hour in the clock
are compensate with the clip time