terça-feira, maio 20, 2008

Meme mandado

Meu querido Mestre resolveu me mandar este meme, já que roubei o anterior, então está aí.
Era pra escolher um artista/banda e responder as perguntas com os nomes das músicas dele.
Escolhi Cazuza.

1. Você é homem ou mulher?
Menina Mimada

2. Descreva-se:
Sem Conexão Com o Mundo Exterior

3. O que as pessoas acham de você?
Você Se Parece Com Todo Mundo

4. Como descreveria seu último relacionamento amoroso?
Não Há Perdão Para o Chato

5. Descreva sua atual relação com seu(sua) namorado(a) ou -pretendente:
Você Vai Me Enganar Sempre

6. Onde queria estar agora?
NUm Trem Para as Estrelas

7. O que pensa a respeito do amor?
O Amor é Brega

8. Como é sua vida?
Vida Louca Vida

9. O que pediria se pudesse ter apenas um desejo?
Incapacidade de Amar

10. Escreva uma frase sábia:
O Nosso Amor a Gente Inventa (Estória Romântica), O Tempo Não Pára

11.Despeça-se:
Lembre-se de mim

quinta-feira, maio 15, 2008

Elevador

Era uma quinta-feira. Uma quinta-feira normal demais, estranha demais. O sol não estava muito alto e o vento carregava as folhas das árvores, ventava muito.
Entrei pela portaria e segui direto, o porteiro já me vira o suficiente para decorar a minha expressão e lembrar que falar comigo não gerava um resultado muito amigável.
Apertei o botão para chamar o elevador e ajeitei minha saia enquanto esperava, as portas se abriram, entrei, apertei o sexto andar e encostei-me ao canto e fechei os olhos, elevadores sempre me deram um pouco de angústia.
O elevador parou no sexto andar, e as portas se abriram junto com meus olhos. Um rapaz alto, que usava um terno preto, esperava do lado de fora. Ele olhou pra mim com certa surpresa e sorriu, abrindo passagem para que eu pudesse sair. Não me movi.
— Não vai sair daí?
Meus lábios formaram um leve sorriso.
— Não, e você vai entrar?
— Vou, tenho que descer.
— Eu também.
Ele entrou no elevador e apertou o botão que indicava a garagem, encostou-se à parede ao meu lado e ficou me olhando.
— Hoje é meu aniversário.
Eu olhei pra ele séria.
— Quantos anos?
— Vinte e três.
Puxei-o pela gravata e o beijei, ele não tentou se afastar, e nos beijamos como se fizéssemos aquilo sempre, ou como se estivéssemos apaixonados. Deliciosamente apaixonados.
O elevador parou com aquele costumeiro bip. Estávamos na garagem, ele iria embora, e eu iria subir novamente para o sexto andar. Sozinha.
— Parabéns, isso foi o seu presente de aniversário...
Ele não disse nada, me deu um beijo rápido de despedida e saiu rumo ao seu carro. Apertei o sexto andar, peguei uma bala de gengibre na bolsa e subi novamente de olhos fechados.
Saí do elevador, abri a porta do 602 e entrei. A sala estava arrumada e sem ninguém como sempre, cheirava a jasmim. Eu odiava aquele cheiro, sempre fazia meu nariz coçar.
— Amor, você está aí?
Falei ligeiramente mais alto, e ele apareceu no final do corredor.
— Você está atrasada.
— Vi o teu irmão lá embaixo, saindo do elevador...
— E enrolou conversando com ele?
Ele falou com um leve tom de irritação que sempre me assustava.
— Não, ele só me falou que hoje era aniversário dele...
— Mentira, o aniversário daquele infeliz já passou.
Achei melhor não falar mais nada, larguei-me no sofá e fiquei ali olhando o tempo passar, mas ele parecia estar parado.

segunda-feira, maio 05, 2008

Mentiras (nada) Sinceras

"Nunca somos nós mesmos quando há platéia."

Tem uma série que eu assisto, onde a máxima do personagem principal é "Todo mundo mente", eu sempre concordei, e digamos que gosto de pensar sobre isto.
Por quê?
Porque as questões de mentira e verdade sempre me fascinaram, pois cada um tem a sua verdade e a sua mentira, cada um tem a sua moral e a sua fé.
É pessoal demais para se discutir, é pessoal demais para se entender.
Você entende apenas a sua visão, nunca a do outro. Muitas vezes você não entende nem mesmo a sua, mas gosta de fingir que entende a do outro.
Estranho, né?
Não tão estranho como o nosso dia-a-dia, que é repleto de atrizes e atores que nunca nem sonharam em aparecer na televisão ou subir num palco.
São atrizes e atores que nem mesmo se dão conta de que sabem atuar.
Todos nós temos nossa platéia pessoal, e estamos atuando o tempo inteiro, a diferença, a sutil diferença, é que a maioria das pessoas não percebe que está encenando.
A maioria das pessoas acredita que a mentira delas é a verdade alheia.
É aí que as mentiras passam a ser verdade, pois você acredita tanto naquilo, que não há quem duvide.
Mas, qual a diferença entre mentira e verdade?
Nenhuma.
É apenas uma questão de visão.
De ver o que você quer, e não o que é.