domingo, outubro 10, 2010

Anjos choram sangue.


Hoje eu percebo que tenho ninguém, que nós somos fadados a nascer sozinhos, que nós somos forçados a ter uma vida, mesmo que a gente não queira, mesmo que a gente não tenha pedido por isso.
É que nem aquela música do John Lennon diz:

"As soon as you're born they make you feel small
By giving you no time instead of it all
Till the pain is so big you feel nothing at all"

Ah, e isso me dói tanto, me dói pensar que cada pessoa com quem eu me importo e dou o meu amor, vai embora.
Nasci sozinha, vivo em solidão e vou morrer sem ninguém. Tem pessoas que acreditam que isso muda um dia, que o ato de viver se faz acompanhado, mas é aquela velha expressão que nos remete a anos que já se foram e não vão mais voltar, somos sozinhos juntos.
Acho que a gente se vicia nessa solidão acompanhada, que quando a gente se pega sem, o desespero toma conta.
E é esse o meu estado de espiríto hoje, é o desespero que me consome e me faz chorar quando ninguém ta olhando, é aquele abismo de onde eu me joguei e o fim não chega...
Isso acontece porque todas as pessoas que eu amo, e preciso para não me afogar em mim mesma, se fazem presentes em ciclos na minha vida, às vezes estão presentes e me amam também, às vezes vão embora e lembram de mim como um ex-amor.
E aí, depois de algum tempo elas voltam, como se nunca tivessem ido embora e me deixado aqui. E eu sempre perdôo, nunca digo não, porque continuo amando-as, talvez com a mesma intensidade, talvez mais.
Eu amo você sempre, mas eu odeio você hoje, nesse exato instante.
Eu odeio o fato de você ter a sua vida tão distante da minha, e odeio a maneira como você parece não se importar com isso.
Hoje, talvez apenas hoje, eu não estou disposta a te dar o meu amor, o meu perdão, e me deixar ser enganada mais uma vez.
Mas, talvez hoje, apenas hoje, eu preciso que você volte e me ajude a sair desse lugar escuro e triste onde eu entrei por conta própria...

"No one cares when you're out on the street
Picking up the pieces to make ends meet
No one cares when you're down in the gutter
Got no friends, got no lover"

O meu pecado? Talvez seja amar demais, amo tanto que dói em mim e em quem recebe o meu amor.
Porque o meu amor é um veneno, primeiro você vai se viciar, mas depois você vai querer fugir, se desintoxicar.
Mas só quem um dia já me amou de volta, sabe que eu chego a ser mais frágil que uma boneca de porcelana, e que eu já fui quebrada tantas e tantas vezes, que fica difícil juntar os cacos e reconstruir meu coração, meu sorriso perdido, e me dar olhos que não sejam pedacinhos de vidro sem brilho e vazios.
Às vezes eu acredito que esses danos são irreparáveis, e às vezes eu simplesmente ignoro tudo isso, e vou empurrando a minha vida para debaixo do tapete, sem sentir, sem pensar, sem sonhar. Apenas uma representação de gente, que finge sentir, mas não sente.
Mas, se duvidar, até o não sentir seja fingimento, porque eu quero acreditar que é melhor sentir nada, do que sentir todos os pedacinhos trincados, raxados e quebrados do meu ser.
Eu sei quem eu sou, ao mesmo tempo que sou ninguém.
É esse o meu drama, é essa a vida que eu quero esquecer e deixar para trás, e é isso que proporciona o sorriso amarelo e choroso que sempre estampa meu rosto.
Queria apenas não ser eu mesma, enquanto gostaria de ser Larissa com toda a intensidade possível.
Tem como?
Algum dia isso vai parar de doer?
Ou vou ser apenas uma menina mimada falando devaneios para pessoas que talvez me amaram um dia, talvez nunca me amaram, ou ainda me amam?
Provavelmente estou fadada a ser ninguém...
Ou apenas alguém, que vai te amar para sempre em segredo!

quinta-feira, setembro 23, 2010

Watch me burn...

"Just gonna stand there and watch me burn
That's alright, because I like the way it hurts"

Agora mesmo me vi completamente perdida em meus pensamentos, leves devaneios que me consomem até me fazerem cinzas. E isso se repete num ciclo sem fim.
A impressão que fica é que eu estou queimando, que meu cérebro está pegando fogo e minha alma dilacerando-se em chamas, azuis e imaginárias, que se refletem dentro de meus olhos tímidos.
O que significa isso?
Não sei bem, mas chuto que seja a dor das frustrações que eu carrego para lá e para cá, a dor da minha insegurança, a dor da memória que não se apaga, daqueles dias infelizes que já se foram e não vão voltar.
Eu ainda não aprendi como deixar o passado totalmente para trás, apenas ignoro ele, finjo que não lembro, até que um gatilho desencadeie as lembranças do que já me machucou, e eu fique assim, com aquele gosto amargo na boca que me diz 'isso é medo de doer outra vez'...
É porque eu estou presa num quarto em chamas, não há quem venha me resgatar, e eu talvez não queira sair.

"Just gonna stand there and hear me cry
That's alright, because I love the way you lie"




segunda-feira, setembro 13, 2010

É, né...


"Eu tenho pressa,
tanta coisa me interessa,
mas nada tanto assim..."

É engraçado pensar na velocidade em que as idéias surgem, desaparecem ou se transformam, como uma explosão devastadora, sendo assistida num video qualquer, que você pode passar mais rápido, voltar, ou pausar.
Isso parece mais um caos, não? E talvez seja, como a minha mente.
A velocidade com que eu assumo uma idéia e faço dela um projeto é quase a mesma como que eu mudo essa idéia e largo aquele projeto.
Posso ter um pouco mais de foco, por favor?
É que às vezes eu acordo de madrugada pensando, mas basta dormir mais 5 minutos para ignorar todos os conselhos que a minha consciência me deu...

sábado, setembro 11, 2010

Solidão? Que nada...

"Detesto quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia."
Friedrich Nietzsche


E, talvez,
apenas talvez,
é que eu continue aqui...
Escrevendo cartas de amor,
para ninguém.



sábado, julho 31, 2010

Relicário



Eu costumo usar um relicário de prata, em formato de coração, mas sem nenhuma foto dentro, e às vezes me pergunto o que isso pode dizer sobre mim.
Quando alguém me pergunta porque está sem foto, eu costumo brincar 'é porque meu coração está vazio', será isso mesmo?
Sabe, provavelmente é nessa brincadeira boba que estou sendo o mais sincera que posso, e no fundo, amo meu relicário vazio...

"E, o peso dos olhares vazios tinha o cheiro sufocante da solidão..."

sábado, julho 03, 2010

O amor é o ridículo...


"O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga idéia de paraíso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não dói."

Acho que esses dias cinzas sempre existirão; é tudo meio frio, meio vazio, meio sem brilho, é tudo meio, apenas metade, e ninguém quer apenas metade, nós queremos sempre o tudo, o inteiro.
Hoje eu posso te dar um pouco do meu amor, da minha dor, da minha alegria, do meu desespero, mas nada por completo, hoje, e talvez apenas hoje, não posso te dar mais do que metade de mim, metade de Larissa.
E talvez isso seja uma meia mentira, uma meia mentira meio mal contada, ou completamente mal contada.
Talvez hoje eu tenha dado mais do que metade de mim, talvez hoje eu tenha dado nada de mim, francamente, nem eu sei bem...
Eu só sei que sempre me pego repetindo mentalmente, "o amor é o rídiculo da vida...".
Ai ai, o amor, tão doce, tóxico e ridículo.
Sabe, algumas pessoas acreditam que quando se ama de verdade, se ama para sempre...
Mas quais são os critérios para dizer se um amor é de verdade ou de mentira?
É por isso que eu sempre digo que as pessoas gostam de complicar tudo.
EU gosto de complicar tudo.
E o amor, continua sendo o ridículo da vida...

quinta-feira, maio 27, 2010

pau-la

É, essa foto foi tirada em 2006, em Maio, alguns dias depois do meu aniversário, e alguns dias antes do seu...
Provavelmente isso significa que estamos ficando velhas, mas ainda temos a mesma "leveza" que podemos ver nessa foto, a mesma falta de escrúpulos em dosar palavras no que se refere a nós mesmas e a mesma sinceridade, que chega a ser vulgar.
Eu não tenho receio em ser EU mesma pra você, eu não preciso me conter, eu não preciso fingir, e não preciso esconder nada.
Eu tenho uma Paula, eu tenho uma Paula como amiga, eu tenho uma Paula na minha vida, e isso já basta para me fazer um pouquinho mais feliz, para me tornar um pouquinho melhor.
Para quem mais eu poderia ligar enquanto desço as escadas do aeroporto com vontade de chorar e gritar? Ou com quem mais eu poderia falar coisas sem sentido nenhum de madrugada?
Eu aprecio o que eu tenho hoje, e desejo poder ter isso por mais tempo, desejo poder te falar feliz aniversário a cada ano que vier...
Feliz Aniversário, Paula.
Parabéns.
E obrigada por ser parte da minha vida... =)

Ps.: Ich liebe dich.


domingo, maio 23, 2010

into the wild



Sem sombra de dúvidas, o meu filme preferido de todos é "Into the Wild", ou brasileiramente falando "Na natureza selvagem", tanto é, que superou a minha natureza (extremamente) narcisista e as imagens do filme tomaram o lugar das minhas caras e bocas na imagem do blog...
Anyway, é uma homenagem completamente merecida, afinal, acho que nunca consegui assistir um filme tantas vezes como fiz com este.
Eu detesto fazer resenhas, mas não custa tentar, certo?
O filme conta a história de um jovem (idealista, podemos dizer?) que decide largar tudo (faculdade, dinheiro, família) para realizar o sonho de ir sozinho para o Alasca e viver nas condições mais limitadas, ou seja, da natureza mesmo.
A fotografia é absurdamente encantadora, a trilha sonora é indescritível e o adorável ator Emile Hirsch interpreta tão bem, que se você fosse perturbado e não soubesse que aquilo é um filme, já no início ele te convenceria que realmente é o (meu) querido Chris...
A história é linda com um quêzinho trágico, mas faz você se apaixonar por cada detalhe de cada cena, faz você querer mais e mais, provavelmente faz você sentir todas as emoções humanas ao mesmo tempo.
Enfim, provavelmente vai continuar sendo meu filme preferido por bastante tempo, e eu sou egoísta e NÃO gosto de compartilhar, mas eu gosto tanto desse filme, acho tão bom que sou capaz de abrir exceções, tanto que eu já comprei o dvd e dei de presente para uma pessoa, e tentei convencer uma outra a procurar em alguma locadora para ver, e agora estou postando aqui, tá bom que ninguém entra nesse blog, mas ele tá aberto pra qualquer pessoa ver, mas acho que todos merecem uma chance, não?
Ah, quer saber? Cansei de escrever.
Mas ta aí a dica, vale a pena!
hahaha


terça-feira, maio 18, 2010

happy unbirthday




'cause every day is only in our lives...


quarta-feira, maio 05, 2010

Frustração...


Eu estou consideravelmente frustrada.
Frustrada com o quê, cara L.?
Er, dizer 'com tudo' é uma resposta muito vaga ou exagerada?
Bom, eu estou descontente com este blog e o rumo que ele toma a cada dia, pois não consigo torná-lo nem perto do que eu queria que ele fosse.
Aliás, acho que a maioria das coisas em minha vida têm tomado um rumo meio indefinido, o que me deixa seriamente afetada...
Ai ai, não poderia tudo ser mais fácil?
Não, não poderia, querida L.
É, acho que o cansaço ganhou mais essa batalha.
Todavia, pelo o que eu tenho lutado mesmo?
É, acho que por nada!
Provavelmente só tenho desperdiçado tempo, paciência e sinápses...
Então, se é assim, que caminho você deve seguir agora, confusa L.?
Eu juro que não sei...


quinta-feira, abril 29, 2010

Quem tem medo de escuro?


Agora pouco minha mãe pediu que eu fosse até o quintal com ela, pois ela diz ter medo de ir sozinha tão tarde assim, e eu ri um pouquinho e contei à ela que esse medo não faz parte de mim, que quando ela estava viajando, eu tinha o hábito de ir para fora lá pelas 5h da manhã.
Primeiro ela me perguntou se eu sou louca, e depois "Fazer o quê, L.?", oras, sentir a brisa da manhã que está por vir é algo muito sem lógica?
Mesmo que eu não tenha medo, isso dá uma emoçãozinha, é, apenas inha, irrelevantezinha, pois eu sou idiota, ingênua, e confiante demais de que um ladrão não vai pular o muro da minha casa e colocar uma arma na minha cabeça...
Talvez a minha confiança venha do fato de eu nunca ter sido assaltada, ou algo do gênero, e quem sabe até por uma boa razão, provavelmente eu morreria fácil numa dessas. Provavelmente teria uma reação exagerada e levaria umas boas bofetadas, ou quem sabe daria algumas. hahaha
Anyway, eu perdi totalmente a idéia principal que veio na minha cabeça na hora que pensei em postar algo aqui!
Ai ai, vidinha de merda.
Eu acredito que iria falar algo sobre o medo ser bem relativo, e que algo que não te provoca uma reação temerosa agora, pode se transformar em algum trauma absurdo futuramente, e que eu fui uma babaca em desdenhar do medo de minha mãe...
Nossa, que péssima filha eu consigo ser às vezes!
Só às vezes? Ah, não enxe.


sábado, abril 24, 2010

Oi, tudo bem?


Vai se foder.


quarta-feira, abril 07, 2010

Não enxe...


Neste exato minuto, eu estou de péssimo humor.
Péssimo talvez até seja pouco para quantificar a intensidade do meu mau humor...
Arg.
Aí eu me pergunto, que tipo de pessoa que atira pratos no chão por estar irritada, e se isso quer dizer que eu sou uma pessoa descontrolada...
Ai ai, eu sempre prezei tanto pelo auto-controle, então onde diabos eu estou chegando?
Pelo menos se essa atitude infantil aliviasse um pouco, mas nem isso.
Provavelmente é o que me leva a chorar escondida...
=/


sábado, abril 03, 2010

Aniversário?


Às vezes eu não sei se tornei alguns medos banais inerentes à minha personalidade, mas é difícil admitir algumas coisas, apesar de ser necessário fazê-lo ainda é difícil, mesmo que eu jure tentar...
Hoje faz exatamente 1 ano. Isso é muito tempo?
Faz 1 ano que houve algo que me deixou uma cicatriz imensa, e em meio aos meus devaneios, muitas vezes eu me considero extremamente fútil em engrandecer isto, em alimentar isto, em deixar que isto me marque, em permitir certos medos e anseios conseqüentes disto.
Mas agora eu me pego pensando que aproximadamente nesta hora eu poderia ter morrido 1 ano atrás, que talvez eu tenha tido muita sorte, ou que talvez exista um plano já traçado e a minha hora não era aquela.
Mas, L., o que diabos te aconteceu no dia 3 de Abril de 2009?
Oras, digamos que um caminhão resolveu que era prudente estar acima do limite de velocidade e passar por cima do meu carro parado numa faixa de pedestres, fazendo com que meu carro fosse atirado uns 300 metros pra fora da pista, e veja lá, que ele quase saísse na via de sentido contrário...
Sabe, eu já dirigia há 2 anos e sempre amei dirigir. Dirigir era meio que um dos meus escapes dessa vidinha que eu insisto em levar, um dos meus momentos preferidos do dia e que me trazia um conforto realmente considerável. Eu não ligava pra trânsito intenso, congestionamento ou o diabo, a unica coisa que realmente importava era o quão melhor eu me sentia quando estava ao volante, com o som tocando "a pain that i'm used to" e o vento na minha cara (e foda-se se isso bagunça o cabelo).
Então, infelizmente isso tudo foi violado exatamente no dia 3 de Abril de 2009 às 18:15, quando eu vi que não estava segura como pensava, quando eu vi que se machucar era extremamente fácil e que no meio da angústia, você só tem a você mesmo.
O mais engraçado, é que 2 dias antes dessa merda me acontecer, eu escrevi um post aqui onde eu falava: "Eu quero gritar, porra". E eu realmente gritei muito 2 dias depois, talvez o post tenha sido uma previsão, ou então o acidente foi a maneira que eu encontrei de realizar a minha vontade antes expressada...
E então eu tive um dia 'normal' naquela Sexta-Feira, eu acordei cedo e fui pra uma deliciosa (e entediante) aula de Cálculo 1 na UnB (eu costumava cursar Engenharia ano passado, mas isso não vem ao caso agora), não lembro se almocei em casa ou no restaurante barato com meus amigos, e de tarde tive mais uma aula chata que acabou bem mais cedo do que deveria, e era Sexta, teoricamente o dia de diversão, nós não tínhamos nada para fazer e o hábito de jogar poker em qualquer janela que tivéssemos na grade horária.
Assim, eu passei a tarde daquela Sexta jogando poker na praça de alimentação de um shopping, fazendo piadas idiotas, rindo e bebendo uma coca-cola sem gás. Sabe, aquele dia foi realmente bem divertido, tirando que o Marcelo era sempre quem ganhava todas as minhas fichas, mas tudo bem...
Quando faltavam uns 15 minutos para as 18h, eu me despedi e fui buscar meu irmão na escola, quase bati o carro quando estava saindo do shopping, será que foi um sinal? Mas não bati e estava na escola do meu irmão na hora certa, e peguei o caminho habitual para casa, não parei numa faixa de pedestres onde deveria ter parado (outro sinal? ou será carma?) e o farol que sempre fica vermelho para mim, esse dia estava verde.
Sabe, eu tenho pavor de pensar no que NÃO teria acontecido se eu tivesse perdido 5 minutos enrolada em alguma coisa, porque quando eu penso, eu não consigo parar, e eu tenho medo de perder um pouquinho da sanidade às vezes quando penso sobre o tempo e sua (não) linearidade...
E finalmente, eu estava há mais ou menos 1km de casa, dava até para ver a cerca viva que eu amo, quando um ônibus que estava na faixa da direita parou na faixa de pedestres para uma velha passar, e eu que estava na faixa do meio, conseqüentemente tive que parar também, não queria atropelá-la.
Sabe aqueles momentos que parecem passar em câmera lenta? Foi o que aconteceu em seguida, quando eu direcionei minha mão para ligar o pisca-alerta do carro, e nesse mesmo segundo eu congelei olhando no retrovisor, porque eu vi a porra de um caminhão vindo, e vindo MUITO rápido, e a unica coisa que eu consegui pensar foi "puta que pariu, ele não vai parar" ao mesmo tempo que tive a absurda idéia de arrancar o carro dali numa vã tentativa de sair do meio, mas a velha ainda se encontrava na frente do meu carro, e eu realmente não queria atropelá-la!
Meu irmão diz que ouviu barulho de freios, mas essa memória auditiva se perdeu para mim, eu lembro apenas de gritar muito e gritar alto enquanto o meu carro adquiria uma rapidez absurda mesmo que meu pé ainda estivesse ali pressionando o freio, e de sentir algo tentando esmagar a minha perna, quando com um baque o carro parou, e eu acredito que ele só parou porque o meio-fio que encontrou era muito alto, senão eu realmente não faço idéia do que seria de mim.
E mesmo com o carro parado, eu só conseguia chorar, estava desnorteada e apavorada demais, e não conseguia encontrar meu celular que voou do porta-objetos para algum lugar fora do carro, e acabei ligando no telefone de casa a cobrar, do celular de um estranho (que não era tão estranho, ele conhecia meu pai, pelo visto), e quase matei a minha mãe de susto quando ela atendeu e eu ainda estava chorando sem conseguir formular frases decentes para explicar a merda onde eu havia me metido...
Então, como eu falei, alguma coisa tentou esmagar minha perna direita, não fraturou nenhum osso, mas machucou todas as camadas de tecido até lá, e na hora eu não conseguia pisar direito no chão e estava com muita dor no estômago, então acabou que eu fui parar no hospital, levada de ambulância (olha que eu conheço gente que sonha em andar de ambulância!) por um bombeiro simpático que tentava me acalmar e não conseguia!
Terminei o dia lá no hospital, meio que em pavor, vendo a minha segurança desmoronar ante meus olhos, e sendo atendida por uns 10 estudantes de Medicina, curiosos sobre a situação que eu acabara de passar, e até ri quando um deles perguntou para o meu irmão (que não tinha um arranhão) se ele havia sido arremessado para fora do carro...
Enfim, o que eu ganhei com isso tudo foi uma perna e um pé inteiramente roxos, pois segundo o médico que me atendeu, eu tive uma "pequena" hemorragia no local pressionado e o sangue estava se espalhando pelo local e escorrendo (oi, Newton e a gravidade) para o meu pé, muita dor no corpo durante 1 semana, piada entre meus amigos e fama na faculdade (ela é a guria que deu PT no caminhão...), QUATRO meses sem carro, muito estresse, e um monte de medos e inseguranças que insistem em estar presentes até hoje, 1 ano depois.
E o pior, é que eu sei que talvez esses medos e inseguranças permaneçam para sempre, que nem as cicatrizes, mas eu realmente preciso (e admito aqui e agora) dar um jeito de melhorar um pouco isso, superar pelo menos um pouquinho talvez me faria bem...
Apesar de que escrever talvez alivie um pouco, um pouquinho que seja, mas o trauma insiste em ficar.

Ps.: Para o deleite de alguns, a minha situação foi extremamente similar à esta.



I hurt myself today...




"I hurt myself today

To see if I still feel

I focus on the pain

The only thing that's real

The needle tears a hole

The old familiar sting

Try to kill it all away

But I remember everything

What have I become?

My sweetest friend

Everyone I know goes away

In the end

And you could have it all

My empire of dirt

I will let you down

I will make you hurt..

I wear this crown of thorns

Upon my liar's chair

Full of broken thoughts

I cannot repair

Beneath the stains of time

The feelings disappear

You are someone else

I am still right here

What have I become?

My sweetest friend

Everyone I know goes away

In the end

And you could have it all

My empire of dirt

I will let you down

I will make you hurt

If I could start again

A million miles away

I would keep myself

I would find a way"



segunda-feira, março 29, 2010

After a while...


"After a while you learn
The subtle difference between
Holding a hand and chaining a soul
And you learn that love doesn't mean leaning
And company doesn't always mean security.

And you begin to learn
That kisses aren't contracts
And presents aren't promises
And you begin to accept your defeats
With your head up and your eyes ahead
With the grace of a woman
Not the grief of a child

And you learn
To build all your roads on today
Because tomorrow's ground is
Too uncertain for plans
And futures have a way
Of falling down in mid flight

After a while you learn
That even sunshine burns if you get too much
So you plant your own garden
And decorate your own soul
Instead of waiting
For someone to bring you flowers

And you learn
That you really can endure
That you are really strong
And you really do have worth
And you learn and you learn
With every good bye you learn."

(Veronica A. Shoffstall)


quarta-feira, março 24, 2010

Baby, did you forget...?


Tem dias que nada faz sentido e você passa a maior parte do tempo em dúvida se está fazendo a coisa certa, se esqueceu de algo importante ou se tudo isso é em vão...
Por que será que eu não posso ter apenas um pouquinho do mundo? Não esse por onde eu ando perdida, mas aquele com que eu costumava sonhar...

~

Então, me diz, por que você insiste em me pedir o que eu não posso fazer?
Você sempre quis sinceridade, não?
E foi o que eu sempre te dei.
Então, por que você insiste em jogar todas as minhas palavras contra mim?
Eu estou cansada, muito cansada mesmo.

~

Sabe, provavelmente hoje é um daqueles dias em que você percebe que está de saco cheio de tudo, em que você é a pessoa mais insuportável do mundo e que está cansado demais de tudo isso.
Eu tenho tentado ser uma pessoa melhor? Tenho, porque eu sei exatamente o que eu quero...
Mas tantas evasivas cansam, ah, se cansam!
Então, apenas não faça isso, por favor, não me dê mais corda do que eu preciso para me enforcar.


sexta-feira, março 19, 2010

Você vai me enganar sempre.


"Você me deixa orgulhoso
Gostoso te ouvir jurar
Mentir com esse olhar guloso
Pra disfarçar

Eu vou me sentir teu homem
E sonhar
Mas você vai me enganar sempre
Com ar de anjo louco desamparado
Emocionando quem sentar do teu lado

Você vai me enganar sempre
Que eu me descuidar
Você vai me enganar sempre
Com inocência no olhar
Jeito de ovelha mansa
Pra não me preocupar
Fetiches dando ataques de ciúmes, perfumes
Pra levantar moral
Eu não confio, eu sofro, eu passo mal
É o teu jeito de amar"


Algumas vezes eu disse que "desaparecer" é o meu nome do meio, pois eu aprendi a fazer isto de maneira quase vulgar, de um jeitinho insólito e sem muitos rastros, e quando eu acredito ser a hora certa para fazê-lo, eu faço, sem hesitar e olhar para trás.
Eu acredito quase nada nas pessoas, sinceramente, eu as acho insuportáveis, e sim, eu estou incluída aí, mas a grande questão a ser avaliada, é a maneira como desaparecer sempre foi algo tão fácil, como se pessoas fossem algo descartável (peraí, elas não são?), algo que você pode tirar facilmente da sua vida, jogar no lixo.
Então, o que me impede de fazer isso com todas as pessoas que conheço, com todas as pessoas que me irritam em determinado momento, com todas as pessoas que não têm razão quando acham que têm, com todas as pessoas que são seres humanos?
Eu adoraria entender se existe alguma diferença entre as sinapses ao pensar numa pessoa que eu amo, e em outra que não tem relevância na minha vida. Aliás, o que faz uma pessoa ser relevante?
Eu já quis desaparecer para TODAS as pessoas que eu considero relevantes, mas perdê-las dói demais, muito mais do que mantê-las, além do mais, essa vontade só vem na hora da raiva, depois passa...
Mas eu ainda não entendo o que nos move a querer determinada pessoa, a amar determinada pessoa, e a detestar determinada pessoa.
Então, o que me faz querer não desaparecer?...
O que será que me encanta?
O que te encanta?


quarta-feira, março 17, 2010

Time after time...


Às vezes eu simplesmente esqueço o que realmente importa.

"If you're lost you can look
And you will find me, time after time
If you fall I will catch you
I'll be waiting, time after time"

E não faz mal que me lembrem às vezes...




domingo, março 14, 2010

Ces't moi?


Meu nome é Larissa, embora muitas vezes eu tenha preferido tentar ser outra pessoa; por algum motivo obscuro, sempre quis ser quem não sou, sempre fugi de mim mesma. E mesmo que às vezes eu possa ser Lari, Lô, Lissa, ou simplesmente L. (meu preferido), nada me isenta de ser Larissa.
E é esta Larissa, que odeia mais que qualquer coisa um público, mas que ama com todas as forças um palco. Para mim, a vida consegue ser uma tragédia meio cômica, representada na arena do coliseu, onde todos podem te ver de vários ângulos, e é por isso que devemos atuar e fingir o tempo inteiro, para que evitemos o susto que as pessoas levariam se visualizassem o eu real de uma pessoa, que vai muito além do que é mostrado.
"Nunca somos nós mesmos quando há platéia", mas muitas vezes me pergunto se a maior parte do tempo podemos ser verdadeiros com nós mesmos, ou se estamos tão fodidamente perdidos que não sabemos nem mesmo quem somos; e com um certo pesar, meu voto pertence à segunda opção. A sutil diferença entre uma pessoa e outra está na capacidade de ignorar isto ou de disfarçar.
E eu acredito que a grande maioria ignora, e às vezes tão bem, que chegam a crer cegamente que sabem exatamente quem são, o que estão fazendo e que têm uma vida perfeita. A outra parte, que é menor (e provavelmente são as pessoas mais interessantes), é a que finge, é a parte que atua no teatro da vida e tem a face sempre pintada por mentiras irrisórias, acompanhadas de um meio sorriso nos lábios e um levantar de sobrancelhas, que se chega a crer que isso tudo é real.
Estas são as pessoas que perdem a razão, a identidade e o juízo, mesmo que por breves momentos, afinal, chega a ser insustentavelmente leve o ato de enganar, e deve ser daí que vêm os surtos, que são os segundos de escárnio que revelam a verdadeira face humana. E eu garanto que esta verdade pode ser tão assustadora, que é por isto que existem hospícios e aqueles ditos loucos, pois tudo aquilo que destoa da maioria tem o direito de ser negado.
Então, quem diabos é você, Larissa? - você me pergunta. E o que eu posso responder sinceramente, é que eu ainda não sei bem, mas como toda pessoa sensata, eu escolhi uma das opções apresentadas anteriormente, e até digo que por isto, talvez eu seja uma pessoa interessante (e nada modesta).
Sendo assim, Desconhecido, eu sou Larissa, uma pessoa que nasceu há 20 anos (o que não significa muito, visto que o tempo não é linear), que vive uma vidinha fingida, que às vezes caminha entre a linha que separa a sensatez da loucura, e que, principalmente, escolheu fingir que tudo está bem, que os ataques de pânico interiores não devem transparecer e que a platéia vai estar presente sempre, ansiando por ser agradada. E definitivamente, eu odeio agradar.
Eu sou uma pessoa de extremos, e os meus extremos são o amor e a indiferença, pois há pouco descobri que o ódio é inerente ao amor, e por mais que eu ame uma pessoa, em algum momento vou odiá-la.
Mas veja só, meu caro Desconhecido, é aí que tudo o que eu acabei de falar desmorona diante de meus olhos, pois há tempos eu tenho perdido o controle, e há tempos eu tenho desaprendido a arte de fingir, e há tempos eu tenho mostrado meus sentimentos e verdades.
Então, ou eu estou cada dia mais perdida do que nunca, ou tenho acertado o caminho para descobrir quem eu sou.
Definitivamente eu não sei...

sábado, março 06, 2010

Preciso Dizer Que Eu Te Amo


Quando a gente conversa
Contando casos, besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos
E eu não sei que hora dizer
Me dá um medo, que medo

É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É, eu preciso dizer que eu te amo tanto

E até o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado
Você me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo
E nessa novela eu não quero
Ser teu amigo

É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É, eu preciso dizer que eu te amo tanto

Eu já nem sei se eu tô misturando
Eu perco o sono
Lembrando em cada riso teu
Qualquer bandeira
Fechando e abrindo a geladeira
A noite inteira

Eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
Eu preciso dizer que eu te amo tanto

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Foda-se o universo.


"I was alone
Falling free
Trying my best not to forget."

Quando você está perdida demais dentro de si mesma, nada mais importa.
Foda-se o universo, pois não há razões para fingir ser o que não é.


quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Desabafo?


Sabe, hoje eu acordei me sentindo um pouquinho triste e mais vazia que o habitual, e meio que não sei muito bem a razão.
Tá, na verdade isso é uma mentirinha, pois eu tenho estado com um péssimo humor há dias e sei exatamente o que tem causado isso, e às vezes me dói tanto, que a única vontade que tenho é de dormir e dormir, mas não acordar ou sonhar em momento nenhum...
Eu não suporto a idéia de perder pessoas ou até mesmo delas se perderem de mim, e odeio tanto o fato de me sentir irrelevante na vida de quem eu gosto.
Eu odeio tanto a indiferença, que se pudesse a usaria também, mas eu simplesmente não consigo esquecer ou deixar de lado, e passo os dias inteiros me segurando para não fazer isso ou aquilo, tentando frear a minha impulsividade e compulsão.
Às vezes me dizem que isso não passa de uma obsessãozinha barata que vai passar daqui 5 minutos, mas eu acredito tanto que não; e não é o que eu prefiro acreditar, eu juro.
Eu realmente gostaria que tudo fosse mais fácil, mas eu só consigo me deparar com uma sucessão de negações.
E o medo da perda é tão grande, que eu consigo ser estúpida o suficiente para quebrar todas as promessas que fiz a mim mesma em alguns caracteres!

"A indiferença e o abandono muitas vezes causam mais danos do que a aversão direta..."

sexta-feira, janeiro 22, 2010

Quem é melhor para apenas te amar?


E a gente se fode, mas se diverte, ao mesmo tempo que quer se matar ou morrer.
E nisso você se pergunta: quem é melhor para te amar eternamente?

É, uma hora você olha no espelho e agradece por não estar olhando pra um rio
E se lembra de tudo o que presenciou e viveu, vendo aquele reflexo com tantas cicatrizes
Mas, por incrível que pareça, isso faz você parecer mais forte e bonita

Você se apaixona loucamente pelo reflexo que vê, até começar a se tornar narcisista, egoísta
E se aquele espelho fosse a porra de um rio, ah, você iria se atirar nele e se afogar

Então, quem é melhor para apenas te amar?

E tudo pode até parecer bonitinho, mas a vida não deixa de ser uma merda
Isso a gente aprende com o tempo...
E os idiotas que você idealiza, você já pensou que eles não te amam?
Eles não te amam e nem vão te amar eternamente,
Talvez, eles te amem um pouquinho até terem o que querem

Então, diga-me, por favor
Quem é melhor para te amar eternamente?
Quem é melhor para apenas te amar?
Quem, além de você mesma?

quarta-feira, janeiro 20, 2010

Burn it now!


"Bem mais que o tempo que nós perdemos, ficou para trás também o que nos juntou..."

Encarar o próprio passado pode ser o ato mais auto-destrutivo do mundo. Digo isso pois foi o que fiz durante um bom tempo, e a única serventia foi manter a ferida aberta e sangrando...
Agora, por mais louco que pareça, é mais interessante riscar um palito de fósforo às 4 da manhã e queimar tudo aquilo que te remete ao passado (de preferência embebido em álcool, as chamas azuis podem ser lindas).
É queimar e esquecer! Este é o ponto principal, pois não adianta você manter uma ferida que só traz dor, é melhor deixar cicatrizar, e quem sabe, quando você olhar para aquela cicatriz, você nem lembre bem como a conseguiu...
Eu confesso que (quase) sempre me lembro bem, mas eu acredito que qualquer coisa é melhor do que aquela dor...