quarta-feira, julho 13, 2011

Oi?

"Hello,
Is there anybody in there?
Just nod if you can hear me
Is there anyone at home?"


Oi?
Então, meu nome é Larissa, mas há algum tempo eu percebi que induzi as pessoas a me chamarem apenas de Lari, e não sei bem porque optei por isso, mas ser chamada pelo meu próprio nome virou algo que indica seriedade ou familiaridade...
Enfim, eu sou a Lari, e aqui no blog escolhi ser apenas L., pois me apaixonei pelo quê de mistério que isso deveria provocar.
Eu não sei bem me definir, mas acho que o melhor modo seria falando: tenho 22 anos, sou estudante do 1º ano de Medicina (ou 2º semestre, mas minha faculdade conta por anos, e não períodos), vivo com a minha família e alguns gatos de intrusos, e amo um cachorro grande e fofo que vive em regime de guarda compartilhada.
Eu comecei esse blog buscando um espaço onde eu poderia escrever tudo o que viesse à mente, tudo o que estivesse entalado na garganta ou que eu precisasse arrancar para fora do meu peito; um blog extremamente pessoal e invasivo, cujo conteúdo seria o meu eu mais profundo. Entretanto, tive dificuldades em fazer isso, acho que porque tenho problemas em manter as coisas que eu começo, pois sempre depois de algum tempo me dá aquela vontade implacável de que o abandono é belo e a saída merecida.
É assim que eu sou, com quase tudo na vida: começo e não termino, vou deixando para trás, varrendo pra debaixo de um tapete surrado qualquer...
Às vezes eu estou parada no meio da rua, ou dirigindo, ou na aula, ou até mesmo em casa, e me pego pensando em coisas que escreveria aqui, mas não o faço por pura preguiça, por desleixo; e é tudo o que eu tenho lutado contra, é o que eu tenho tentado mudar em mim, mudar na minha vida.
Há algum tempo eu disse que não acreditava em mudanças reais e definitivas, e às vezes esse pensamentozinho ainda sussurra no meu ouvido, mas eu realmente tenho tentando acreditar que pessoas mudam, e que eu posso mudar...
E, talvez, apenas talvez, o meu processo de mudança esteja começando agora, com essas ínfimas palavras que largo aqui, que deixo em qualquer lugar.
Já falei demais, já fui prolixa demais, e perdi totalmente o foco do que tinha pensado em escrever inicialmente, sendo assim: boa noite, meus caros ninguéns.


domingo, maio 01, 2011

Drag

"You're always ahead of the game
I drag behind
You never get caught in the rain
When I'm drenched to the bone every time
[...]
I just gotta get off my chest
That I think you're divine"


Às vezes eu tenho a sensação que penso demais, que é difícil desligar meu cérebro, que é difícil parar toda essa minha divagação sobre nada.
E o que eu fiz hoje foi pensar, pensar enquanto saía de carro para buscar minha tia, enquanto ia comprar algo no mercado, enquanto ia à padaria, enquanto estava longe de tudo o que remete à dor que sinto e droga nenhuma pode aplacar.
E eu passei o dia com aquela sensação dilacerante no peito, e eu não reclamei disso, mas falei sobre quando me perguntaram, e o que me surpreendeu foi o sermão que eu levei.
Foram palavras escolhidas para mim, e ditas por alguém que se importa comigo, o que me deixou meio chorosa na hora, mas que depois de algumas horas me deu essa sensação que estou agora e não sei descrever...
Eu acredito em tudo o que ela me disse, e queria não acreditar, mas agora parece que aquelas frases que deveriam chamar a minha atenção, estão gravadas em mim.
Talvez eu devesse agradecer, talvez eu devesse mudar, talvez eu devesse apenas chorar, mas hoje não sei, não sei bem o que fazer além de estabelecer uma ordem na minha vida que possa abranger algo além do tanto que eu tenho que estudar.
Mas eu preciso, e preciso tanto mudar.

sábado, março 19, 2011

Fuck fuck fuck

Ah, o que falar?
Eu tô puta... Puta pra caralho hoje!
Não consigo entender algumas atitudes, acho que não sou boa nessa falta de comunicação, sabe?
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
Essa raiva não passa, e não vai passar...
Raiva de mim, principalmente.
Nem enfiar o pé com força no acelerador tem resolvido, corro, corro e chego em lugar nenhum.
Outro dia eu tava assim, e avancei um cruzamento cujo semáforo tava desligado, só ouvi alguém buzinar loucamente pra mim.
Aí eu fiquei pensando, pensando e pensando...
Vale a pena agir assim e colocar em risco a minha integridade física e de outras pessoas?
Eu acho que não, mas eu só penso nisso depois!
Enfim, continuo puta.
MUITO PUTA.

domingo, outubro 10, 2010

Anjos choram sangue.


Hoje eu percebo que tenho ninguém, que nós somos fadados a nascer sozinhos, que nós somos forçados a ter uma vida, mesmo que a gente não queira, mesmo que a gente não tenha pedido por isso.
É que nem aquela música do John Lennon diz:

"As soon as you're born they make you feel small
By giving you no time instead of it all
Till the pain is so big you feel nothing at all"

Ah, e isso me dói tanto, me dói pensar que cada pessoa com quem eu me importo e dou o meu amor, vai embora.
Nasci sozinha, vivo em solidão e vou morrer sem ninguém. Tem pessoas que acreditam que isso muda um dia, que o ato de viver se faz acompanhado, mas é aquela velha expressão que nos remete a anos que já se foram e não vão mais voltar, somos sozinhos juntos.
Acho que a gente se vicia nessa solidão acompanhada, que quando a gente se pega sem, o desespero toma conta.
E é esse o meu estado de espiríto hoje, é o desespero que me consome e me faz chorar quando ninguém ta olhando, é aquele abismo de onde eu me joguei e o fim não chega...
Isso acontece porque todas as pessoas que eu amo, e preciso para não me afogar em mim mesma, se fazem presentes em ciclos na minha vida, às vezes estão presentes e me amam também, às vezes vão embora e lembram de mim como um ex-amor.
E aí, depois de algum tempo elas voltam, como se nunca tivessem ido embora e me deixado aqui. E eu sempre perdôo, nunca digo não, porque continuo amando-as, talvez com a mesma intensidade, talvez mais.
Eu amo você sempre, mas eu odeio você hoje, nesse exato instante.
Eu odeio o fato de você ter a sua vida tão distante da minha, e odeio a maneira como você parece não se importar com isso.
Hoje, talvez apenas hoje, eu não estou disposta a te dar o meu amor, o meu perdão, e me deixar ser enganada mais uma vez.
Mas, talvez hoje, apenas hoje, eu preciso que você volte e me ajude a sair desse lugar escuro e triste onde eu entrei por conta própria...

"No one cares when you're out on the street
Picking up the pieces to make ends meet
No one cares when you're down in the gutter
Got no friends, got no lover"

O meu pecado? Talvez seja amar demais, amo tanto que dói em mim e em quem recebe o meu amor.
Porque o meu amor é um veneno, primeiro você vai se viciar, mas depois você vai querer fugir, se desintoxicar.
Mas só quem um dia já me amou de volta, sabe que eu chego a ser mais frágil que uma boneca de porcelana, e que eu já fui quebrada tantas e tantas vezes, que fica difícil juntar os cacos e reconstruir meu coração, meu sorriso perdido, e me dar olhos que não sejam pedacinhos de vidro sem brilho e vazios.
Às vezes eu acredito que esses danos são irreparáveis, e às vezes eu simplesmente ignoro tudo isso, e vou empurrando a minha vida para debaixo do tapete, sem sentir, sem pensar, sem sonhar. Apenas uma representação de gente, que finge sentir, mas não sente.
Mas, se duvidar, até o não sentir seja fingimento, porque eu quero acreditar que é melhor sentir nada, do que sentir todos os pedacinhos trincados, raxados e quebrados do meu ser.
Eu sei quem eu sou, ao mesmo tempo que sou ninguém.
É esse o meu drama, é essa a vida que eu quero esquecer e deixar para trás, e é isso que proporciona o sorriso amarelo e choroso que sempre estampa meu rosto.
Queria apenas não ser eu mesma, enquanto gostaria de ser Larissa com toda a intensidade possível.
Tem como?
Algum dia isso vai parar de doer?
Ou vou ser apenas uma menina mimada falando devaneios para pessoas que talvez me amaram um dia, talvez nunca me amaram, ou ainda me amam?
Provavelmente estou fadada a ser ninguém...
Ou apenas alguém, que vai te amar para sempre em segredo!

quinta-feira, setembro 23, 2010

Watch me burn...

"Just gonna stand there and watch me burn
That's alright, because I like the way it hurts"

Agora mesmo me vi completamente perdida em meus pensamentos, leves devaneios que me consomem até me fazerem cinzas. E isso se repete num ciclo sem fim.
A impressão que fica é que eu estou queimando, que meu cérebro está pegando fogo e minha alma dilacerando-se em chamas, azuis e imaginárias, que se refletem dentro de meus olhos tímidos.
O que significa isso?
Não sei bem, mas chuto que seja a dor das frustrações que eu carrego para lá e para cá, a dor da minha insegurança, a dor da memória que não se apaga, daqueles dias infelizes que já se foram e não vão voltar.
Eu ainda não aprendi como deixar o passado totalmente para trás, apenas ignoro ele, finjo que não lembro, até que um gatilho desencadeie as lembranças do que já me machucou, e eu fique assim, com aquele gosto amargo na boca que me diz 'isso é medo de doer outra vez'...
É porque eu estou presa num quarto em chamas, não há quem venha me resgatar, e eu talvez não queira sair.

"Just gonna stand there and hear me cry
That's alright, because I love the way you lie"




segunda-feira, setembro 13, 2010

É, né...


"Eu tenho pressa,
tanta coisa me interessa,
mas nada tanto assim..."

É engraçado pensar na velocidade em que as idéias surgem, desaparecem ou se transformam, como uma explosão devastadora, sendo assistida num video qualquer, que você pode passar mais rápido, voltar, ou pausar.
Isso parece mais um caos, não? E talvez seja, como a minha mente.
A velocidade com que eu assumo uma idéia e faço dela um projeto é quase a mesma como que eu mudo essa idéia e largo aquele projeto.
Posso ter um pouco mais de foco, por favor?
É que às vezes eu acordo de madrugada pensando, mas basta dormir mais 5 minutos para ignorar todos os conselhos que a minha consciência me deu...

sábado, setembro 11, 2010

Solidão? Que nada...

"Detesto quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia."
Friedrich Nietzsche


E, talvez,
apenas talvez,
é que eu continue aqui...
Escrevendo cartas de amor,
para ninguém.



sábado, julho 31, 2010

Relicário



Eu costumo usar um relicário de prata, em formato de coração, mas sem nenhuma foto dentro, e às vezes me pergunto o que isso pode dizer sobre mim.
Quando alguém me pergunta porque está sem foto, eu costumo brincar 'é porque meu coração está vazio', será isso mesmo?
Sabe, provavelmente é nessa brincadeira boba que estou sendo o mais sincera que posso, e no fundo, amo meu relicário vazio...

"E, o peso dos olhares vazios tinha o cheiro sufocante da solidão..."

sábado, julho 03, 2010

O amor é o ridículo...


"O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga idéia de paraíso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não dói."

Acho que esses dias cinzas sempre existirão; é tudo meio frio, meio vazio, meio sem brilho, é tudo meio, apenas metade, e ninguém quer apenas metade, nós queremos sempre o tudo, o inteiro.
Hoje eu posso te dar um pouco do meu amor, da minha dor, da minha alegria, do meu desespero, mas nada por completo, hoje, e talvez apenas hoje, não posso te dar mais do que metade de mim, metade de Larissa.
E talvez isso seja uma meia mentira, uma meia mentira meio mal contada, ou completamente mal contada.
Talvez hoje eu tenha dado mais do que metade de mim, talvez hoje eu tenha dado nada de mim, francamente, nem eu sei bem...
Eu só sei que sempre me pego repetindo mentalmente, "o amor é o rídiculo da vida...".
Ai ai, o amor, tão doce, tóxico e ridículo.
Sabe, algumas pessoas acreditam que quando se ama de verdade, se ama para sempre...
Mas quais são os critérios para dizer se um amor é de verdade ou de mentira?
É por isso que eu sempre digo que as pessoas gostam de complicar tudo.
EU gosto de complicar tudo.
E o amor, continua sendo o ridículo da vida...

quinta-feira, maio 27, 2010

pau-la

É, essa foto foi tirada em 2006, em Maio, alguns dias depois do meu aniversário, e alguns dias antes do seu...
Provavelmente isso significa que estamos ficando velhas, mas ainda temos a mesma "leveza" que podemos ver nessa foto, a mesma falta de escrúpulos em dosar palavras no que se refere a nós mesmas e a mesma sinceridade, que chega a ser vulgar.
Eu não tenho receio em ser EU mesma pra você, eu não preciso me conter, eu não preciso fingir, e não preciso esconder nada.
Eu tenho uma Paula, eu tenho uma Paula como amiga, eu tenho uma Paula na minha vida, e isso já basta para me fazer um pouquinho mais feliz, para me tornar um pouquinho melhor.
Para quem mais eu poderia ligar enquanto desço as escadas do aeroporto com vontade de chorar e gritar? Ou com quem mais eu poderia falar coisas sem sentido nenhum de madrugada?
Eu aprecio o que eu tenho hoje, e desejo poder ter isso por mais tempo, desejo poder te falar feliz aniversário a cada ano que vier...
Feliz Aniversário, Paula.
Parabéns.
E obrigada por ser parte da minha vida... =)

Ps.: Ich liebe dich.