quarta-feira, março 26, 2008

Alicia

"Quand Alicia compose un bouquet des roses
Le monde est suspendu
Á ses lèvres et pour cause
Elles sont d'un rose
Inattendu
Quand Alicia s'endort, une plante carnivore
Veille sur son sommeil
Mais dans les bras de lierre d'Alicia
On ne se réveille pas
Alicia dort

Alicia dort
Un bouquet de violettes
Des serpents à sonnettes
Dansent dans sa tête
Mon doux venin
Une odeur de jasmin
Sur les joues pâles
D'une fille végétale
Quand Alicia compose
Un bouquet des roses
Le monde est suspendu
Mais dans les bras de lierre d'Alicia
On ne se réveille pas"






Alicia não é uma boneca. Nunca foi.
Ela é dotada de uma impulsividade desenfreada, age de acordo com o que sente e deseja.
Não é de ficar presa em uma caixinha de vidro, exposta ante os olhos alheios, tão curiosos e inquisidores.
Ela gosta de ser livre, gosta de respirar o ar puro e senti-lo na face.
Não da falta de ar dentro da caixa, pois não há por onde ele entrar.
Ela quer ver o mundo com seus olhos gulosos, que sempre estão roubando cenas e olhares, e querem sempre mais.
Não são os olhos de vidro de uma boneca, sempre tão vazios e fugazes.
Ela tem uma boca que sabe sorrir de verdade e de mentira, e que sabe se expressar.
Não uma boca que sempre traz um meio sorriso falso e não emite som algum.
Ela sente cada coisa da vida, e tão intensamente. Ela sente.
Não como a boneca que nada sente. Eu não sinto.
Ela é um anjo com as asas arrancadas.
Eu sou uma boneca quebrada.

Um comentário:

Zoltan disse...

Acho que conheço a menina Alícia... Ou não...